Sexo é colisão de mundo.
Podemos ir da Terra a Urano em um segundo,
pode soar profano, mas também é profundo,
pode ter velas, música, mas pode ser imundo.
O atrito dos corpos, as bombadas com gosto,
A saliva, a língua no rosto, o aperto da unha nas costas, o gemido, o gozo ( o seu primeiro).
Línguas que se tocam, entre a mais profana selvageria,
dedos que pressionam e puxam seus cabelos com toda dose de putaria.
Sussurro daquelas palavras pesadas no seu ouvido,
A batida das pernas, do coração faz refrão seu gemido.
Eu vou com força, com vontade.
Entro em transe nessa transa de infinito.
Os mundos se chocam penetrando Universo e tesão,
sua vênus quente como a minha que é escorpião,
depois de três seguidas pausa que acelerou o coração.
Acendi o verde contrastando com o vermelho na sua bunda
e da marca da minha mão.
O poema continua, por tradição oral.
Ah! Mas oral é animal, é visceral,
Oral não é final, pra vida boa é essencial.
Dos pés ao pescoço, mas na manga-doce com todo desejo dentro da boca,
Porque nada mais excita do que você se contorcendo feito louca,
minha língua percorre suas pernas, peço mais, com voz rouca.
Nossos corpos suados não se cansam, uma noite é pouca.
Thiago Guigo RUA
