O que somos nós comparados a imensidão do céu?
Grandes soberbas dentro de corpos pequenos.
Em realidades diferentes, cada um no seu Universo
Hoje não quero rimar, só quero desabafar.
Olho as nuvens do céu, estão passando rápido até
Entre um dando uns dois, no pensamento
de quem há muito não enxerga a vida na rua.
Saudades do caos, saudades dessa cidade nua.
Mesmo nua entre seus contrastes, de paredes pichadas.
Os graffitis, os mendigos, os cães, as prostitutas.
A saudade de vagar por aí como um samurai
sem rumo, com som, com vento na cara.
Olhar para o céu é compreender a imensidão
que existe sobre nossas cabeças.
Enxergarmos nossa pequenez
e que ao invés do céu, basta seguirmos no horizonte.
E seguir, já somos julgados e julgadas
por aqueles que acreditam
que tem algum tipo de poder, voz ativa
Daquele que criou o Universo
A arrogância dos que acham que estão no topo
chega a ser cômica, tamanha ignorância.
Em seus corpos, que assim como o meu também irão apodrecer
Juntos com a sua soberba.